Finjo que sofro para ter o amor de quem me odeia
Finjo que amo para ter quem amar
Mesmo vivendo muito tempo na indiferença
De não saber o que é alguém que pensa igual.
Finjo a minha alegria
Para ter a aceitação dos bobos da corte
Escondendo toda a minha agonia
De viver na espera da morte.
Finjo a ignorância de uma futilidade
Para seguir na normalidade
Contando as horas que me farão livre outra vez
Na prisão do meu pensamento mais fugas.
Finjo a alienação de uma sociedade que me exclui
Incluindo-me naqueles que não merecem viver
Pois, corroboram na decadência de toda a existência
E esperando o fim no reino da igualdade de ser.
Finjo que acredito em falsas afirmações
Minto que sou fruto desse amor
Juro que isso não se repetirá
E apago tudo no sofrimento da dor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário