Não deixe eu me perder
Pois não sei por onde andar
As luzes já não são apenas as da cidade
Delimitaram-me pelo saber da norma...
Por que os segredos da vida não são mais nada
E a magia da floresta foi esquecida
Em nome de um valor inútil
E as estrelas não saem do céu azul
Louca eterna noite
Noite que se faz eterno dia
Com estrelas que não param de brilhar
Feito sóis inundando a minha imaginação
Traga-me a cura do que eu sou
E também daquilo que eu decidir ser
Por que nada que eu fazer será tão bom...
Quanto o teu saber
Mas de pouco adianta fugir
De mim quase nada sobrou
Alguns resquícios esquizoides
E um coração vazio...
A tudo aquilo que sonhei acordado,
Agora vejo que nada sonhei
Foi difícil deixar de acreditar
Fadas sobre minha cabeça a bailar
Diziam-me coisas tão doces
Que mínguem nunca falou
Mas agora não conseguido nem pensar em algo
Para passar a eterna escuridão.
Quantos contos foram extirpados
Quantas fadas me foram roubadas
Quantos amores me foram confiscados
Quantos sorrisos me tiraram
Mas está tudo bem,
Bem agora,
A racionalidade normal me governa
Com suas leis e valores morais.
Como fui tolo
E tão raro como tolo,
É ser tolo sem motivos,
Como sem objetivos para viver.
Os demônios na minha frente não mais me atormentam
Alias, sem fadas...
Os demônios se tornaram doces anjinhos
Que sussurram heresias em meus ouvidos.
Mas no meio dessa escuridão
Quem é que se importa?
Então a porta se abre para a salvação...
Elefantes fosforescentes entram em minha jaula.
Vieram brincar comigo...
Brincar de ser feliz...
Fazer-me esquecer de não esquecer ser normal
Fazer-me ser, ser outra vez...
Eu.
Eu.
André Preuss.
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